O som está em todo o lado. O barulho do trânsito, o riso de um familiar, a melodia da nossa música favorita – tudo isto é um fenómeno físico, uma onda sonora que possui intensidade, frequência e duração. Mas a verdade é que o som existe independentemente de ser ouvido ou não. Já a audição é um processo fisiológico e subjetivo, que ocorre no ouvido, mas que só tem significado porque o cérebro interpreta os impulsos recebidos.
Quando as ondas sonoras chegam ao ouvido, fazem vibrar estruturas minúsculas na cóclea, que transformam esses sinais em impulsos elétricos. Só quando esses impulsos chegam ao cérebro é que fazem sentido. Esses sinais seguem pelo nervo auditivo até o cérebro, onde são processados. No entanto, ouvir não significa necessariamente compreender.
É no cérebro que esses impulsos são descodificados, analisados e interpretados, associando-os a experiências passadas, emoções e contextos. Portanto, dois indivíduos expostos ao mesmo som podem interpretá-lo de formas totalmente diferentes.