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É o cérebro que ouve. Mito ou verdade?

17/06/2021
22/02/2023

Quando se fala em audição, costumamos dizer que quem escuta são os ouvidos. Porém, não é mito: é o cérebro que processa os sons. Neste artigo, explicamos a forma como o cérebro ouve e como é possível estimular o cérebro para ouvir ainda melhor. Saiba, então, como a audição funciona.

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O papel dos ouvidos

Os ouvidos têm, claro, um papel fundamental na forma como funciona o sistema auditivo. E geralmente imaginamos que é no ouvido que a escuta dos sons acontece, justamente por causa da sensação auditiva. No entanto, é o cérebro que projeta a sensação do som no ouvido, por meio do nervo auditivo. Esta é, aliás, a área do cérebro responsável pela audição. É através dos nervos existentes no corpo que o cérebro gere todo o sistema nervoso, responsável pelas ações sensoriais do tato, olfato, paladar, visão e audição.

Assim, mal o cérebro recebe as ondas sonoras que entram nos ouvidos, começa a trabalhar de imediato para traduzir os sons em palavras, música e em todos os outros ruídos existentes, assim como as suas nuances e direções. Apenas o cérebro torna realmente possível a experiência de escutar.

 

O caminho do som

O som é captado nos ouvidos por meio das suas estruturas complexas, que o processam e o transmitem para o cérebro. O ouvido externo, então, ajuda a direcionar o som para dentro do canal auditivo até que ele chegue ao tímpano.

Essas ondas sonoras fazem o tímpano vibrar e as vibrações são enviadas para os ossículos (três ossos minúsculos localizados no ouvido médio), que amplificam essas vibrações e as transmitem para o ouvido interno.

Quando chegam à cóclea, há pequenas células que reagem às vibrações sonoras e as transmitem como sinais elétricos que são captados pelo nervo auditivo. Neste processo, o cérebro assume o seu papel para que a magia da audição aconteça.

 

Como o cérebro ouve

A função do nervo auditivo é enviar vibrações sonoras ao núcleo coclear, um dos dois grupamentos no tronco encefálico. Os núcleos cocleares processam as informações sonoras recebidas e organizam estas mesmas informações de acordo com a frequência, a intensidade e a duração.

Com base na forma como os sons individuais são organizados, estes são enviados para diferentes partes do cérebro para serem processados.

O tálamo, localizado na base do cérebro, também ajuda a processar o som. Nesta parte do cérebro, o som é analisado para determinar se há algum perigo no que é ouvido – como um alarme ou alguém a gritar por ajuda, por exemplo. Se um som como este é detetado, uma resposta emocional é automaticamente desencadeada.

Em seguida o som vai para o córtex auditivo, a parte do cérebro que nos permite compreender uma conversa. O córtex também trabalha para reconhecer e identificar outros sons, como um instrumento musical, e determinar o volume a direção.

A interpretação do que ouvimos

Outras partes do cérebro também desempenham um papel na forma como interpretamos o som. Por exemplo, o córtex pré-frontal combina sinais vindos do córtex auditivo e de outras áreas para ajudar a dar real significado aos sons. Isso pode incluir o processamento de expressões faciais de outra pessoa juntamente com as palavras que usam, o tom da sua fala e as nossas próprias emoções e memórias. Todos estes processos permitem-nos desenvolver uma compreensão mais profunda da conversa e adicionar mais contexto ao que ouvimos.

Incrível, não é? O cérebro é como um supercomputador, que processa a informação a uma velocidade vertiginosa.

Para ouvir bem e ainda melhor

Sabia que a perda auditiva impede o cérebro de transformar as vibrações enviadas pelos ouvidos em sons distintos? Se a perda auditiva não for tratada, os sinais sonoros perdem-se ou ficam distorcidos, tornando mais difícil para o cérebro interpretar esses sinais e atribuir significado aos sons.

Por este motivo, tratar a perda auditiva é de extrema importância, mesmo que esta ainda esteja numa fase inicial. Aliás, o tratamento precoce da perda auditiva garante que todas as funções envolvidas na audição e na interpretação dos sons se mantenham em pleno funcionamento. Quanto mais esperar para tratar sua audição, mais irreversíveis se tornarão os danos neste sistema tão delicado.

A boa notícia é que com o uso de aparelhos auditivos, os ouvidos podem enviar novamente os sinais corretos para o cérebro, permitindo que a pessoa ouça, entenda e reaja adequadamente às ondas sonoras que entram pelos seus ouvidos. Esta é aliás uma boa explicação da forma como funcionam os aparelhos auditivos.

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Assim, para ouvir bem e ainda melhor, importa cuidar da sua saúde auditiva.