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Como ajudar familiares com perda auditiva: Guia Prático

Tem alguém na sua família que usa aparelhos auditivos ou que começa a mostrar sinais de dificuldade em ouvir? A perda auditiva pode gerar insegurança, frustração e afastamento social e o apoio certo faz toda a diferença. Neste guia, explicamos como pode apoiar um familiar com perda auditiva, desde a primeira conversa até à adaptação aos aparelhos auditivos, com dicas simples e eficazes.
Publicado 12/22/2025,
12/22/2025
3 Minutos de leitura
Saúde AuditivaDicas
Casal abraçado a olhar para a câmara
Apoiar quem enfrenta mudanças na audição

Como ajudar um familiar a ouvir melhor e a lidar com a perda auditiva?

Falar atempadamente sobre saúde auditiva é um passo essencial para ajudar um familiar — seja o cônjuge, pai, mãe ou outro elemento da família — a ouvir melhor e a tirar o máximo partido das soluções disponíveis.

Criar um ambiente de apoio contribui para que a pessoa se sinta compreendida, confiante e mais ligada ao mundo do som.

Segundo Mari Rosberg, audiologista, o envolvimento da família traz benefícios claros:

“É fundamental que a família participe ativamente no processo de reabilitação auditiva, para que possamos desenvolver estratégias conjuntas que realmente funcionem.”

Dar o primeiro passo: falar sobre saúde auditiva

Como abordar a perda auditiva com um familiar?

Notou alterações na audição de alguém próximo? Abordar este tema pode ser delicado, mas evitá-lo tende a aumentar o desconforto. Uma conversa aberta, feita com empatia e respeito, é muitas vezes o primeiro passo para a mudança.

Aqui ficam cinco formas de iniciar uma conversa construtiva sobre a perda auditiva:

  • 1.

    Seja aberto e honesto

    Partilhe, de forma tranquila, como as dificuldades auditivas estão a afetar o dia a dia e a comunicação. Fale a partir da sua experiência, usando exemplos práticos, e mostre disponibilidade para apoiar.
  • 2.

    Destaque os benefícios de ouvir melhor

    Explique como uma melhor audição pode trazer mais energia, conversas mais claras e uma maior ligação às pessoas e aos momentos importantes. Cuidar da audição é cuidar da qualidade de vida.
  • 3.

    Reforce que existem soluções eficazes

    A tecnologia auditiva evoluiu muito nos últimos anos. Os aparelhos auditivos atuais são discretos, confortáveis e adaptados às necessidades de cada pessoa. Enquadre a conversa de forma positiva, mostrando que hoje ouvir bem é mais simples do que nunca.

  • 4.

    Escute as preocupações

    Pergunte quais são as dúvidas, receios ou resistências. Dê espaço para que a pessoa se exprima sem julgamentos. Compreender essas preocupações é essencial para avançar no processo.

  • 5.

    Mostre que a pessoa não estará sozinha

    Reforce que estará presente em todo o processo. Se fizer sentido, envolva alguém de confiança que já use aparelhos auditivos ou incentive uma conversa com um profissional de saúde auditiva, que saberá esclarecer e tranquilizar1.

Faça parte do caminho para uma melhor audição

Acompanhar um familiar numa avaliação auditiva é uma das formas mais eficazes de apoio. Além de transmitir segurança, permite que todos compreendam melhor a situação e as opções disponíveis.

De acordo com Mari Rosberg, é essencial obter um diagnóstico completo: “Só assim a pessoa consegue compreender a sua o estado da sua saúde auditiva e, em simultâneo, a família percebe como pode apoiar de forma mais eficaz.”

Benefícios de participar numa avaliação auditiva2:
 
  • Apoio emocional

    Ajuda a reduzir ansiedade e nervosismo associados à consulta.
  • Perspetiva adicional

    Pode partilhar observações úteis sobre dificuldades auditivas em diferentes contextos.

  • Melhor compreensão da informação

    Facilita o entendimento das explicações e recomendações clínicas.
  • Ajuda na memória

    Garante que informações importantes não são esquecidas.
  • Decisões mais seguras

    Contribui para escolhas informadas sobre tecnologia e próximos passos.

Estratégias de comunicação 

Dentro e fora de casa, pequenas mudanças fazem uma grande diferença:

  • Reduza o ruído de fundo sempre que possível;
  • Fale de frente, garantindo contacto visual;
  • Certifique-se de que a pessoa está envolvida e incluída nas conversas.

Se as dificuldades persistirem, fale com um audiologista sobre reabilitação auditiva. Exercícios que ajudam o cérebro a processar melhor os sons dos aparelhos auditivos.

Acompanhar as consultas também pode ser útil para apoiar na utilização correta dos dispositivos, resolver pequenas dúvidas técnicas e ajudar na manutenção diária.

 

 

Um pouco de motivação pode mudar tudo

É comum que as alterações na audição sejam desvalorizadas numa fase inicial3 — seja por falta de consciência dos sinais, por estigma ou por achar que “não é assim tão grave”.

Mesmo após procurar ajuda especializada, algumas pessoas sentem resistência em usar aparelhos auditivos. Nesses casos, o apoio motivacional é essencial. Pode ser útil falar sobre os benefícios comprovados da reabilitação auditiva, incluindo a sua relação com a estimulação cognitiva4, ou incentivar uma conversa aberta com o audilogista.

A diferença está na forma como comunica: com empatia, paciência e encorajamento. Sem pressão, mas com a abertura para descobrir como ouvir melhor pode transformar o dia a dia.

Com apoio consistente, cada pessoa encontra o seu próprio ritmo para aceitar as mudanças. Estar presente ao longo desse caminho é, muitas vezes, o maior contributo que pode dar.

 

Fontes

1. HearUSA: You can help make a difference: https://www.hearusa.com/hearing-loss/help-a-loved-one/ 
 
2. Hear Canada: Why you should bring a buddy to your hearing assessment: https://www.hearcanada.com/blog/2024_10_07_why-you-should-bring-a-buddy-to-your-hearing-assessment/ 
 
3 Journal of Hearing Science: Denial by patients of hearing loss: https://www.journalofhearingscience.com/DENIAL-BY-PATIENTS-OF-HEARING-LOSS-AND-nTHEIR-REJECTION-OF-HEARING-HEALTH-CARE-nA,120311,0,2.html 
 
4 Alzheimer’s & Dementia: Translational Research & Clinical Interventions: The impact of hearing impairment and hearing aid use on progression to mild cognitive impairment in cognitively healthy adults: An observational cohort study (Feb 2022): https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35229022/ 
 
JAMA Otolaryngology–Head & Neck Surgery: Hearing Loss, Hearing Aid Use, and Risk of Dementia in Older Adults (1 Feb 2024): https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38175662/ 

 

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