Karina conta que a sua perda auditiva pode ter tido origem na rubéola que a mãe contraiu durante a gravidez. “Só descobrimos quando eu tinha cerca de 1 ano e 8 meses, porque naquela altura, há 30 anos atrás, ainda não existia o rastreio auditivo neonatal. Foi então que comecei a usar aparelhos auditivos, já com 2 anos de idade.”
Os desafios diários eram muitos: “Um dos maiores desafios é não ter a liberdade de ouvir em situações como no banho, na piscina ou na praia. Também já tive de lidar com olhares de pena, comentários e até piadas de quem não entendia a minha realidade.” Hoje, graças à evolução tecnológica, consegue ouvir melhor, sobretudo em conversas frente a frente: “A leitura labial dá-me confiança de que estou a compreender exatamente o que está a ser dito.”
Quando nasceu a Maria Júlia, a família realizou os testes auditivos logo nos primeiros dias. “No dia seguinte ao parto, o exame deu negativo. Repetimos uma semana depois e novamente o resultado foi negativo. Ao final de um mês, fizemos de novo e o resultado manteve-se.” A confirmação veio com exames mais detalhados do otorrinolaringologista.
O impacto emocional foi grande: “Como mãe, foi doloroso no primeiro momento. Eu não queria que a minha filha passasse pela mesma condição que eu, porque sei exatamente os obstáculos e os olhares que isso traz. No entanto, rapidamente encontrei força ao perceber que ela terá ao lado alguém que entende profundamente o que significa viver com perda auditiva.”
Com o diagnóstico confirmado, surgiram decisões importantes: “A nossa maior preocupação era perceber até que ponto isso poderia interferir na vida da Maria Júlia e se, com o uso do aparelho auditivo, ela teria a possibilidade de levar uma vida normal como qualquer outra criança.”
A transparência e orientação dos profissionais de saúde auditiva foram decisivas: “Desde o início, tivemos acesso a informações muito claras. Explicaram-nos cada possibilidade — desde o uso do aparelho até à cirurgia coclear como primeira ação, garantindo que ela tivesse a sua vida normalizada desde cedo.”
As expectativas da família são simples: “Nem pensamos em ‘reabilitação auditiva’. Acreditamos no uso do aparelho como forma de garantir desde já uma vida plena. Queremos que a experiência da Maria Júlia seja como a de qualquer outra criança que vai à escola, convive com amigos e se desenvolve naturalmente.”
A tecnologia auditiva tem marcado momentos únicos: “Ter a possibilidade de proporcionar que a nossa filha ouvisse antes mesmo da cirurgia foi algo muito especial. Ela reagiu aos sons da casa e à nossa voz, e esses instantes foram inesquecíveis.”
Agora, cada reação é motivo de celebração: “Vivemos na expectativa da primeira vez que ela vai reagir ao próprio nome, à primeira música que vai gostar de ouvir, ao primeiro desenho que vai prender a sua atenção.”
Para Karina, a aprendizagem vai além da tecnologia: “Cada pessoa enfrenta as suas próprias dificuldades. A perda auditiva foi o nosso desafio, mas também a oportunidade de aprender a lidar com ele com confiança. Hoje, a tecnologia é uma grande aliada: usada da forma correta, simplifica e torna a vida muito mais agradável.”
A rede de apoio é crucial: “Sentir que cada etapa está a ser acompanhada de forma clara dá-nos tranquilidade. Acreditamos no processo que escolhemos, tanto na decisão da cirurgia como na escolha da marca que estará connosco nesta caminhada.”
O futuro da Maria Júlia é promissor: “Esperamos absolutamente tudo. A descoberta precoce permite que ela tenha todas as experiências auditivas como qualquer outra criança que nasceu a ouvir. A vida dela seguirá naturalmente, repleta de desenvolvimento, descobertas e conquistas.”
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